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Montarias 2105 / 2016

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Mensagem  GPinelas Seg Out 19, 2015 1:16 pm

A Montanha pariu um rato…

Começo por dizer que, se existem metáforas para indicar a nossa deceção perante um resultado que frustrou as nossas expectativas, esta é uma delas!

Como é habitual, avocando a si o estatuto de referência na caça maior, quer em torno do conhecimento, princípios, procedimentos e a capacidade de escolha, a nata monteira (CPM e CMN), no passado dia 8 de Outubro de 2015, Quinta-feira, rumou às Terras do Sado para participar na primeira montaria agendada pelo clube (CPM).

Organizada pela nova entidade gestora cinegética da Herdade de Porches, a “Serracaça” estendeu o tapete vermelho nas manchas da “Lolita e Vale Cidrão”, os monteiros compareceram, e eis que, inesperadamente, surge um novo conceito de “montaria mista”. Não pelo facto de terem caçado a javalis e cervídeos, mas pelo facto de, na mesma, para além de terem sido monteados apenas os típicos matorrais existentes naquelas barreiras, como seria desejável e expectável, ter sido monteada do mesmo modo uma parcela agrícola adjacente, em cujos terrenos estava ainda enraizado um milheiral com cerca de 40 hectares. Em suma: num estado de indefinição e incerteza, realizou-se uma milharia no seio da própria montaria!

Para quem, por mero desconhecimento ou esquecimento, quero relembrar que, no sítio do “CPM”, elaborado pelos seus membros, publicamente e explicitamente, existe um código de ética e normas para a realização de montarias que regem a caça maior, e que passo a citar:

“Normas para Organizações de Montarias

13 - As designadas “Milharias” não são atos de caça mas atos controle de populações. Deste modo não devem ser comercializadas e o nº de caçadores e cães reduzido ao mínimo (recomenda-se 0,5 caçadores por ha e 1 matilha por cada 15 ha). Por questão de segurança os caçadores deverão ser colocados apenas na periferia e o uso de carabinas interdito…”

“Código de Ética do Monteiro

O Monteiro cumpre e faz cumprir a lei e as normas que regem a Caça Maior, bem como as regras de Segurança no manuseamento de Armas de Fogo.

O Monteiro utiliza apenas e tão só os meios eticamente aceitáveis para praticar a Caça.

13º Se respeitar este Código de Ética, será mais fácil ao Monteiro defender conscientemente a Caça junto dos conhecidos e da própria Sociedade…”

Não menos interessante, até pelas mensagens de teor normativo que emana, é também a nota editorial referente á época transata expressa no mesmo sítio do “CPM”, e que passo a citar para reflexão:

“Coluna do Editor - Balanço de temporada

“…Saio desta época Monteira com a sensação que houve mais preocupação com a forma e preceitos Monteiros, separando-se mais, e naturalmente, as Montarias das batidas com cães, mata-penduras e outras formas “de caça” que desta se distinguem e muito diferem, fico até com a impressão (porque ainda sem dados estatísticos que o possam confirmar) que o número destas terá diminuído, o que me apraz registar.
Vi aparecer e instalarem-se Grupos Monteiros que se organizam selecionando e até promovendo Montarias nas quais o formato da Montaria é respeitado e requerido, saúdo-os e espero vê-los integrar as fileiras do CPM pois se nos norteamos pelos mesmos princípios creio ser pertinente que nos unamos na defesa do que amamos e praticamos.
Neste defeso muito nos espera para fazer, decidir, ajudar e influenciar decisões, na defesa da Caça no geral e da Caça Maior em particular…”

Exposto isto, penso que não haverá dificuldade em percebermos agora por que razão as posturas encontradas, quer por parte de quem organizou e de quem comprou posto nesta edição monteira, não foram definitivamente condizentes com a mensagem que o referido clube pretende insistentemente passar aos demais. É de facto necessário educar, sim, mas com este tipo de exemplos, com este tipo de procedimentos, confesso que, mais difícil se torna educar e mudar o que seja no âmbito da nossa caça maior.

É óbvio que, depois desta surpreendente edição monteira, deste novo conceito de “montaria mista”, repito, nada poderá ser olhado como dantes. Mas como o passado é passado e agora já nada podem fazer para inverter a situação, é óbvio também que, o mundo monteiro luso estremeceu e não tardaram a surgir naturalmente algumas inquietações e as consequentes explicações.

Presumindo que isto iria acontecer, até porque a crítica, seja ela construtiva ou destrutiva, estará sempre correlacionada com as circunstâncias e as práticas do homem, ainda há quem diga que, quem pagou e esteve no posto, nada tem a ver com o sucedido, limitando-se a cumprir a doutrina do mercado da procura e da oferta, eximindo-se assim de quaisquer responsabilidades. No entanto, estranho que assim seja, tanto mais sabendo-se agora que, e para que todos os participantes no evento soubessem o que os esperava, a organização, socorrendo-se das novas tecnologias (“Google Earth”), disponibilizou aos monteiros presentes um ilustrativo e convincente mapa a cores das zonas a montear, logo, parece-me que, quem tiver a ousadia de dizer agora que não sabia ao que ia, não estará seguramente a dizer a verdade.
Sinceramente tenho pena que, mesmo que se tenham apercebido somente no dia, no local e depois das respetivas viagens até á Herdade de Porches, alguns representantes do Clube Português de Monteiros, nomeadamente os órgãos máximos, não tivessem tido a coragem de arrepiar caminho e terem comunicado á organização a sua desistência na dita montaria. Sim, lamento profundamente que isso não tenha acontecido. Aliás, nem me parece que fosse tarefa difícil fazê-lo, tanto mais não sendo atitude inédita, pois se a memória não me atraiçoa, pelo bom nome da montaria, da ética monteira e das normas emanadas pelo próprio “CPM”, num passado recente, os mesmos representantes alegando que não sabiam ao que iam, já no local, declinaram categoricamente a sua participação numa montaria na modalidade de mata-pendura realizada na zona de caça Municipal das Relvas Verdes, onde, por sinal, eu estava presente nesse dia.

Ainda neste âmbito, seria bom também lembrar o Senhor presidente do Clube Alvorada, e que também esteve presente nesta caricata montaria, que, agora, de nada lhe serve mostrar-se supostamente “indignado” e mandar recados, tentando relembrar os demais que é contra as ditas milharias. A partir do momento em que participou no sucedido, mesmo sabendo no próprio dia e local o que iria encontrar, cai por terra qualquer tipo de argumentação no intuito de se eximir de responsabilidades. Sem dúvida que, mais uma vez, faltou coragem, foi igual a si próprio.

Se faltou coragem a muita gente como atrás referi, á dita organização do evento, mesmo percebendo a sua motivação e os seus propósitos, julgo que não havia necessidade de ter adotado a estratégia que adotou para aprisionar as manchas da “Lolita e Vale Cidrão”. Foi um erro, sem dúvida, mas quando não se conhece o terreno, não há que inventar a pólvora e, com humildade, alguém deveria ter escutado quem já foi feliz naquelas barreiras, e que, pese embora a sua juventude, com metade dos postos, um terço das matilhas e mais javalis, não precisou de se socorrer das searas de milho para engrossar manchas, reforçar garantias e muito menos quadros de caça.

Relativamente á questão da avaria da ceifeira e ao consequente adiamento do corte do milheiral que, neste caso, o próprio “CPM” e a entidade organizadora parecem querer escudar-se face ao sucedido, na minha modesta opinião, repito, não me parece que esta situação sirva de justificação para se ilibarem das práticas demonstradas, tanto mais, sabendo-se que a inoperância da dita máquina agrícola foi comunicada á ”Serracaça” com uma semana de antecedência, mais concretamente no dia 2 de Outubro de 2015, Sexta-feira, o que, daria, tempo mais que suficiente para o adiamento da realização da montaria.
 
Em jeito de remate, e no que diz respeito aos aspetos organizativos e estratégicos, julgo que esta estreia junto aos arrozais do Sado merecia outra abordagem que não esta. Na minha opinião, terá faltado conhecimento de causa, tempo no terreno e um bocadinho de humildade ao “olheiro” e ou emissário que a “Serracaça” mandatou para a Herdade de Porches, e que, por sinal, até é meu amigo.

Para ele, e até porque os amigos não servem só para dar palmadinhas nas costas, apenas o seguinte: darmos um tiro com a vareta de limpeza no cano, pode, se mal interpretado, ser mau, mas, muito pior que isso, é darmos um tiro no próprio pé!

Dito isto, face aos factos, á realidade exposta, mas também consciente que o direito á indignação é um direito consagrado, não restam dúvidas que a caça maior em Portugal, por mais tentativas de suposta boa vontade, palestras, protocolos, parcerias, colóquios ou discursos promovidos em torno da mesma, não está definitivamente no rumo certo, roçando a designação de uma mera atividade cada vez mais desregrada e inconsciente, face a supostas oportunidades, mas também a oportunismos.

Gilberto Pinelas
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Mensagem  GPinelas Ter Nov 03, 2015 6:01 pm

Citação:

“Paulo Farinha Pereira

Bem, mais do mesmo.

Que fique desde já expresso e claro que neste momento não pertenço à Direção do CPM, apenas à mesa da Assembleia, nem estive presente na Montaria de Porches referida, pelo que apenas respondo de forma pessoal e pelo dever de verdade.

O autor deste escrito tem todo o direito de expressar as suas opiniões, verdade! Pena é que não o faça numa página sua ou pública para que os eventuais visados nas suas observações possam, também eles, expressar as suas análises às suas (dele) conclusões, estranha situação para quem se advoga o direito de julgar caracter e postura, como adiante referirei, assim sendo tem que ser aqui mesmo, seja!

Peço desculpa de não seguir uma ordem que respeite o alinhamento do escrito, não me merece tal preocupação.

A qualidade da Montaria visada, os seus resultados e outros pormenores, incluindo a escolha da área a montear são responsabilidade e escolha da Organização responsável e é ela que fará certamente os acertos que entender ter que fazer, desde já lhes desejo as maiores felicidades e sucessos futuros, não foram os Monteiros dos Clubes presentes, certamente, que assim o definiram.

Em segundo lugar as “Milharias” conforme referido no dito ponto 13º, são correções de densidade levadas a cabo naquelas culturas, de forma excecional e carecendo de autorização também ela extraordinária pelos Serviços competentes, fora do calendário legal para a prática de batidas ou Montarias, com o único intuito de minimizar os estragos e evitar a necessidade de indemnizar agricultores à custa do erário público, não é portanto ao facto de uma mancha incluir uma cultura de milho durante o período legal de Montarias. Nesta altura do ano podem ser praticadas em qualquer tipo de coberto, há manchas que incluem hortas, olivais ou restolhos e a sua legalidade ou pertinência, porque no período para tal determinado (legalmente) apenas aos Organizadores diz respeito, só não entende quem está mais preocupado em deturpar que, de facto, em criticar.

Sou o autor do editorial que este escrito publicado reproduziu e confirmo a convicção que tinha, acho que, aos poucos, se está Monteando melhor e os caçadores mais sensíveis a uma “Cultura de Caça” que entendo desejável e até necessária, não é um episódio menos conseguido que faz (ou fará) uma época de Caça.

Gostava de saber quantos dos Senhores Monteiros perante um mapa de Montaria, mesmo a cores e do Google Earth, saberá o coberto que vai montear?! Não sabe! Confia na Organização que ali o convidou a estar presente que lhe disponibiliza aquele para o localizar relativo aos seus pares, ao movimento dos cães, etc. o terreno a bater é um atributo da Organização, exclusivamente.

Quanto à Direção do CPM que esteve nas Relvas Verdes, eu e o Dr. Torres Pereira, estávamos ali apenas enquanto Monteiros e não como representantes oficiais do CPM (que o somos sempre enquanto em funções, mas não oficiais) de qualquer modo, e inequivocamente, o convite para ali estarmos presentes, pagando! (para evitar, já! Os juízos do costume) omitiu, estou seguro que de forma não intencional, o facto de ser mata-pendura. Quando tivemos conhecimento do facto, ainda em Alcácer do Sal, entendemos ir ao encontro do Organizador, pese a distância, e ali, explicando as nossas razões e o porquê do impedimento, declinar o convite e regressar sem caçar, chama-se educação e de facto provocou estranheza e espanto a alguns presentes, não tanto ao próprio Organizador que lamentou a omissão e compreendeu as razões, coisas…

Neste episódio das Relvas estive presente, na Montaria de Porches deste ano não. Não foi portanto a mesma Direção até porque nas Relvas não estava a Direção, apenas algum dos seus componentes de forma autónoma, espero que perceba de uma vez por todas.

É curioso como o escritor fala em nome do mundo Monteiro Luso, referindo que este tremeu, presunção e água-benta…

Já agora, também eu já fui feliz naquelas barreiras, Monteando como gosto e uso Montear, não me arrogo é os galões para mandar recados, posteriormente, a parceiros de arte, concorrentes ou amigos, são posturas…
Posto o que atrás referi resta-me pedir ao escritor do texto aqui reproduzido que, mantendo o seu direito à indignação e a sua liberdade de expressão, o faça de forma pública nos sítios onde os envolvidos possam aceder e portanto tomar conhecimento atempado das suas (dele) preocupações e opiniões, porque a cada liberdade corresponde um dever, à liberdade de expressão corresponde o dever de verdade, atente-se.”



Resposta:

Antes de mais quero desde já sublinhar que, apesar de tudo, “mais do mesmo” é exatamente o que eu penso, pese embora no sentido inverso da sua intenção expressa.

Que fique claro também que, para além de saber muito bem qual é o seu posicionamento funcional nos órgãos sociais do CPM, também não estive presente na montaria de Porches, pelo que, á sua semelhança lhe respondo também de forma pessoal e pelo mero dever de verdade.

Peço desculpa também, mas, no meu caso e ao invés de si, irei seguir uma ordem que respeite o alinhamento do seu escrito, pois me merece tal preocupação.

Relativamente ao direito inalienável de liberdade de expressão, também me parece óbvio demais que eu tinha e tenho esse direito. Aliás, todos temos, você inclusive, portanto, presumo que estamos esclarecidos neste capítulo. No entanto, no outro capítulo onde demonstra desnecessariamente e precipitadamente pena e estranheza pelo “facto” de eu não ter expressado a minha opinião numa página pessoal ou pública, de modo a que os eventuais visados nas suas observações pudessem, também eles, expressar as suas análises às minhas conclusões, é que me parece, aliás tenho a certeza, que deveria de estar mais bem informado, mais atento ao mundo que o rodeia, de modo a não cair na mentira como desnecessariamente caiu. Passo a explicar: De facto é verdade que, por razões meramente pessoais e opcionais, eu não tenho página pessoal de facebook. Sim, é verdade. No entanto, repito, exatamente para ir ao encontro daquilo que me acusa, para além de ter publicado a minha opinião na página pessoal de um amigo, com toda a legitimidade, convém frisar, tive também o cuidado de publica-la num sítio público de seu nome “Portugal Hunt”. E ainda lhe posso adiantar mais para que fique devidamente esclarecido acerca da minha postura: se atentar na data desta publicação (Seg Out 19, 2015 3:16 pm), verificará que esta é anterior á data da publicação na dita página pessoal do amigo Luís Nunes, logo, as suas palavras de acusação e de reprovação, estas sim carregadas de estranheza, não merecem qualquer crédito.

No que diz respeito aos aspetos meramente organizativos, às opções adotadas e postas em prática pela dita organização para vender um produto, neste caso uma montaria, também me parece que a responsabilidade recai expressamente sobre a mesma. Nisto parece que estamos de acordo. Contudo, e convém sublinhar, também me parece que no dito escrito não esteja expresso ou possamos ler que os Monteiros e os Clubes presentes tenham sido responsáveis por tais opções, logo, mais uma vez e neste contexto, as suas palavras, o seu desiderato, cai novamente por terra.

Em relação às ditas milharias, assunto esse que verdadeiramente me motivou a expressar a minha crítica, a minha indignação face ao sucedido na Herdade de Porches, julgo ter sido desnecessário estar aqui e agora a relembrar os aspetos protetorais e ou legais que elas beneficiam, pois, se bem me recordo, o que aqui se discute e está em causa, não são de todo os mesmos, mas sim, princípios, normas e posturas, face á abordagem que alguns Monteiros e um Clube tiveram em relação às mesmas na dita Montaria mista. E, isto, só não entende quem está de facto mais preocupado em fugir às questões que, de facto, em assumi-las. Em suma: antes de dizer o que seja nesta matéria, neste contexto e sobre este assunto, seria bom rever a mensurabilidade da eficácia das suas palavras face a determinados paradigmas.

Bem sei que foi o autor da nota editorial reproduzida no meu escrito, e que, no que diz respeito às suas convicções expressas, as respeito. Todavia, se mencionei tal nota, era meramente para justificar que, determinadas práticas, em determinadas situações, não correspondem de todo a determinadas convicções. Como me disse uma vez: “á mulher de César…”

Parece-me óbvio também que não é um episódio de caça menos conseguido (gostei deste seu reconhecimento…) que faz uma época de caça, mas, e sobre isto não me restam dúvidas, com este episódio menos conseguido que refere, foi aberto um precedente, um péssimo precedente que em nada abona a caça maior. Veja-se que, agora, outras organizações (hunter elite…) já anunciam montarias mistas (mato e milheirais). Em suma: lamentável!

É curioso e até engraçado que nos diga que, perante um mapa de Montaria, mesmo a cores e do “Google Hearth” que seja, ninguém sabe antecipadamente que tipo de coberto irá ser monteado. Curiosa, repito, esta sua argumentação, esta sua convicção. É óbvio que o mapa de montaria serve também para situar o Monteiro relativamente aos seus pares, ao movimento dos cães e seus matilheiros. Sim, é verdade. No entanto, um Monteiro, acima de tudo, mesmo que confie na Organização, como nos diz, gosta de saber, de conhecer antecipadamente o que o espera, e não são poucos aqueles que, através do dito mapa ou mesmo junto da organização, se esclarecem acerca deste pormenor, acerca do coberto da dita mancha, até para perceberem a razão do posto face a diversas possibilidades. Aliás, eu faço-o, agora dizer categoricamente que ninguém sabe, parece-me ousadia a mais. Enfim… quem sabe, sabe!

Relativamente ao outro episódio não menos conseguido junto ao litoral Alentejano, por respeito ao anfitrião, não irei pronunciar-me mais sobre o sucedido. No entanto, estranho muito tal atitude (a sua/Vossa), tanto mais sabendo-se que, nessa época e noutras anteriores, em Terras Albicastrenses, junto ao Tejo Internacional e na modalidade de mata-pendura, membros do CPM, incluindo órgãos sociais, participaram e caçaram nessas mesmas montarias, nomeadamente a cervídeos, sem quaisquer problemas e ou pudor. Visto que assim é, seguramente não levará a mal que questione o seguinte: por que razão a Vossa (CPM) postura na dita montaria do Litoral Alentejano foi diferente de outras assumidas em Terras Albicastrenses?

Não se preocupe que eu sei muito bem onde esteve presente e com quem. Assim como sei quem é quem e o que representa, oficialmente e oficiosamente. Não se preocupe, repito. Mas o que sei também é que o Sr. Presidente da República, por exemplo, seja na sua hora de almoço, em tempo de férias, numa representação no estrangeiro ou num mero passeio pelos jardins junto ao Tejo, não deixa de ser quem é, não perde o seu estatuto e não pode em circunstância alguma deixar de ser uma referência para os demais. Em suma: é tudo uma questão de coerência e exemplo!

Em relação á curiosidade que a expressão “o mundo monteiro luso tremeu” lhe provocou, apenas me ocorre dizer-lhe uma coisa: Não se esqueça que, para além de si ou do seu mundo, também há vida. Já em relação á expressão/consideração utilizada por si (“presunção e água benta…”) para fazer juízos de valor acerca do meu caracter, para me atingir pessoalmente, nada tenho a dizer pelo simples facto de não ser mal-educado.

Também sei muito bem que já foi feliz naquelas barreiras. Aliás, foi você, foi o “algemas” (não me recordo agora do nome desse carismático matilheiro recordista dessa zona) e, se bem me recordo, mais ninguém. E acerca disso faço-lhe uma vénia, confesso. São posturas…

Posto o que atrás referi resta-me pedir ao escritor do texto aqui reproduzido que, mantendo de igual modo o seu direito à indignação e a sua liberdade de expressão, o faça de forma esclarecida e informada, sob pena de cair em descrédito.
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Mensagem  GPinelas Sex Fev 19, 2016 3:25 pm

Realmente, “não há bela sem senão”…

Decorrido algum tempo e realizadas as três montarias inicialmente agendadas pelo novo concessionário da Herdade de Porches para a época venatória de 2015/2016, onde, se bem se recordam, foi realizada curiosamente e inesperadamente uma montaria “mista” para a “nata monteira lusa” e que criou algum mal-estar, alguma celeuma pelo facto de ter sido monteado um milheiral, diga-se novamente, eis que, mais uma vez e no cair do pano, o mesmo concessionário nos consegue surpreender com a divulgação nas redes sociais de mais duas jornadas monteiras para aquela preciosa herdade, tendo estas a particularidade de os postos serem a um preço acessível e os javalis abatidos serem pertença do caçador que os abata, ou seja: duas jornadas monteiras denominadas ou apelidadas de “mata-pendura”.

Para quem se autoelogiou e foi elogiado pelo trabalho realizado nas primeiras edições, trabalho esse, para mim, extremamente discutível, mas também pelos pressupostos gerais de gestão cinegética subentendidos e ali invocados, parece-me que, sinceramente, esta nova intenção, esta decisão de levarem a cabo e em regime de mata pendura estas duas jornadas, tanto mais repetindo-se manchas, castigando-as, vem, desta forma, no mínimo, pôr muita coisa em causa.

Para quem conhece aquela herdade, fruto de vários anos ali caçando, tanto de montaria como de espera, parece-me que esta decisão extemporânea não é mais que um ato de irreflexão e de desrespeito pela espécie em causa. As manchas que ali existem designadas por “Lolita”, “São Bento”, “Sobral”, “Barragem”, “Médos” e “Carrasqueira”, todas elas já foram monteadas este ano, sendo delas retirado, mal ou bem, isso será outra questão a debater, o que a própria natureza e a dinâmica de cada ação de caça permitiu. Tudo o mais, toda a ação de caça que ali se realizar após isto, será, como se costuma dizer, só para estragar, preencher calendário e... Aliás, a população de javalis naquela herdade, neste momento, está reduzida a uma população residual, impossibilitando a concretização de quaisquer sonhos ou expetativas… está seca!

Dito isto, explanada a minha humilde opinião, quero aqui, publicamente e mesmo assim, “enaltecer” o desassombro e a coragem demonstradas pelo gestor de imagem da empresa concessionária da Herdade de Porches pela ação de publicidade e marketing bem apresentada, mas, sobretudo, pela ressalva do “mata-pendura” ou direito á rês, como é bonito dizer-se, pese embora o termo rês, seja aplicado a outros ungulados que não javalis. Gostei!

Enfim, posturas…

GP
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